E de novo.

        Eu fiz, de novo. Mais um. Outro, tentando ser diferente.

    É engraçado que, quando sento pra escrever algo "meu", desce um clima de drama, como se os sentimentos e pensamentos deveriam ser, obrigatoriamente, apresentados nessa moldura. Com você também é assim? 

    Nos últimos anos trabalhei com vendas, e escutei aquela máxima "todo mundo vende alguma coisa, o tempo todo". Mas eu não quero me vender aqui. Nem influenciar, o que seria pior. Tem como fugir disso? Talvez não. Talvez até o silêncio venda, de certa forma, um posicionamento, um estado de espírito. Gera um julgamento. E até quem não está exposto é julgado. E é essa preocupação sobre a percepção alheia que não deve existir. Eu gosto de escrever, oras. Por que não, então?

    Tive outros dois blogs. Recentemente me assustei quando entrei em um grupo aleatório e as pessoas comentaram "Você é a Aline, daquele blog lá, que falava dos caras?" E fui reler o que havia escrito há mais de dez anos. Como eu mudei! Quis apagar, de vergonha. Como a gente muda, né? Evolui. Pra mim, pra melhor. Comentava com um amigo, esses dias, como as coisas que aconteceram no passado influenciam o que somos hoje. Veio até aquela "você mudaria alguma coisa, se pudesse voltar no tempo?" À princípio dá vontade, pra não sofrer o que foi sofrido. Depois, percebo que foi exatamente coisas assim que me fizeram ser quem eu sou, hoje.

    Então sim, eu faria tudo de novo, do mesmo jeito. E resolvi escrevi aqui essas divagações, agora da perspectiva de uma mulher de 34 anos.

Comentários